Imediata legalização das posses dos companheiros da Área Revolucionária Cleomar Rodrigues!
Goiânia, 10 de fevereiro de 2025
A ABRAPO, Associação Brasileira dos Advogados do Povo, divulgou (e ao mesmo tempo solicitou apoio para a participação de uma consistente presença jurídica) que no próximo dia 19 de fevereiro vão a júri popular em Januária, MG, os acusados pelo assassinato do Dirigente Nacional da LCP e Coordenador Político da LCP Norte de Minas e Sul da Bahia Cleomar Rodrigues. Reforçamos a solicitação de apoio e contamos com os companheiros do movimento sindical, dos ativistas populares e dos verdadeiros democratas que não se conformam com a conciliação com os crimes do latifúndio, organizado hoje principalmente em grupos de bandidos paramilitares fortemente armados, o principal deles autointitulado “invasão zero”, que atuam invariavelmente com retaguarda das polícias militares estaduais, contando com o silêncio cúmplice do judiciário e sob a benção do Congresso Nacional mais corrupto da história brasileira, controlado pela podre bancada “ruralista” que além de roubar terra e matar camponeses surrupia o orçamento da união.
Este inquérito é uma farsa
É muito importante a presença e a participação de todos. Devemos aproveitar a oportunidade para denunciar que, após 10 anos do assassinato de Cleomar Rodrigues, o nome de nenhum mandante foi sequer ventilado ou investigado; que foi omitida a formação de um cartel de latifundiários para expulsar os camponeses da área; que o policial civil Danilo Oliveira, que ameaçou em público o companheiro Cleomar Rodrigues jamais foi ao menos ouvido por essa justiça a serviço dos poderosos. E mais, até hoje as terras que motivaram o assassinato de Cleomar, que inclusive desde 2008 estavam desapropriadas pelo INCRA (Cleomar foi assassinado em 2014), até hoje não foram entregues pelo Estado. Da forma como foi conduzido este inquérito caminha para ser mais uma absolvição do latifúndio e do próprio Estado brasileiro, responsáveis pelo assassinato de Cleomar Rodrigues.
Liberdade para Luzivaldo
E enquanto os acusados de serem os executores de Cleomar Rodrigues respondem o processo em liberdade, o companheiro Luzivaldo está preso, sem absolutamente nenhuma prova, de um crime cometido na região de Campina Verde. O julgamento de Luzivaldo foi tão vergonhoso que o próprio juiz, diante de sua condenação por um júri composto inclusive por latifundiários onde Luzivaldo dirigia a luta pela terra, proclamou a pena mínima. Se fosse cumprida a jurisprudência, que manda soltar da cadeia quem é acusado por “ouvir falar”, Luzivaldo estaria recorrendo da injusta sentença em liberdade. Luzivaldo é preso político!
Companheiro Cleomar Rodrigues: Presente na Luta!
Punição para os executores e os mandantes do assassinato de Cleomar!
Terra para quem nela vive e trabalha! Viva a Revolução Agrária!
Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres
