Nos dias 16 e 17 de janeiro a LCP realizou o seminário “A produção nas áreas da Revolução Agrária”, nele participaram camponeses das áreas José e Nélio, Oziel Luna, Raio do Sol, Capivari, Terra Boa/João Batista, Corumbiara, Canaã, Rio Alto, Gonçalo, Jaru, Jacinópolis e Jacinópolis 2. Além de professores, estudantes e apoiadores.
Com o seminário a LCP discutiu a necessidade de melhorar o planejamento da produção em cada área, prevendo os problemas do plantio, colheita, transporte, armazenamento e comercialização dos produtos para buscar sua solução e também impulsionar a criação de Grupos de Ajuda Mútua e seu funcionamento permanente. Segundo a coordenação da LCP as discussões e definições do seminário mostram claramente que, para os camponeses pobres, a questão da produção está diretamente ligada à linha política que adote suas organizações, ou seja, de que a política é a linha vital na produção. Afirmaram que as discussões e decisões tomadas serão levadas a todas as áreas até o mês de maio, através de reuniões e estudos.
Estimular e fortalecer os Grupos de Ajuda Mútua
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Os números recolhidos pela organização do seminário mostram o que todos já sabem, quando a terra do latifúndio é cortada e entregue aos camponeses ela se transforma imediatamente em terra produtiva.
A política como linha vital para o trabalho econômico
Foi avaliado que este cerco repressivo se dá em função do avanço da luta camponesa e suas importantes conquistas. Inclusive na abertura do seminário foi realizada uma homenagem aos camponeses Élcio Machado e Gilson Teixeira Gonçalves assassinados em dezembro de 2009.
Os relatos apontaram que onde funcionaram as AP ocorreu a melhoria das condições de vida das famílias, com a construção de escolas, estradas, pontes, produção, alfabetização, celebrações, festas, etc. Ou seja, onde os camponeses se organizaram os problemas foram resolvidos de forma coletiva e independente.
Nos relatos, vários camponeses ressaltaram ter chegado nos acampamentos com quase nada, muitos apenas com a roupa do corpo e hoje estão se sustentando com muito trabalho e esforço, muitos construíram casas e possuem criações e lavoura. Também muitos disseram da importância de entrar e cortar a terra por conta e iniciar a produção. A opinião geral foi de que onde os camponeses cortaram por conta vivem melhor do que aqueles que esperam pelo Incra em barracos de lona e dependendo de cesta básica.