No dia 24 de maio, camponeses do acampamento Nova Conquista, em União Bandeirantes, foram atacados por pistoleiros.
Logo pela manhã, quando os camponeses se dirigiam para o trabalho, um grupo de pistoleiros abriu fogo. Um dos trabalhadores foi atingindo pelos disparos e teve que ser hospitalizado em Porto Velho.
Segundo nota divulgada pela LCP, os pistoleiros trabalham para um bandido conhecido na região como Adailton Martins, que age a mando de um empresário de Porto Velho conhecido como “Luiz da Dipar”.
A nota afirma ainda que “Luiz da Dipar” está tentando grilar grande quantidade de terra em União Bandeirantes desde 1996, e que para isso usa e abusa do dinheiro para corromper funcionários do INCRA, que fornecem a ele declarações de posse da terra.
O INCRA tem declarado em vários jornais que não pode expedir declaração de posse e nem criar assentamentos fora do núcleo urbano na área de União Bandeirantes. Mas pelo que parece, isso só tem validade para os camponeses.
O INCRA diz que a reforma agrária está acontecendo em Rondônia. Mas a realidade é bem diferente disso. O que se vê é a completa falência dessa reforma agrária. A burocracia e inoperância do INCRA só têm contribuído para reforçar a grilagem de terras em Rondônia e ao aumento da perseguição aos camponeses.
A situação na região de União Bandeirantes é muito grave. Famílias inteiras seguem sob constante ameaça de despejo e ataques de bandos armados do latifúndio. Mas o povo da região não se intimida e segue disposto a resistir na luta pelos seus direitos, como afirma nota da Liga dos Camponeses Pobres.
“Vamos continuar trabalhando e morando nessas terras, independente de perseguições e tentativas de assassinatos feitas por latifundiários, acobertados pela corrupção e pela burocracia do Estado e seus órgãos.”
“Qualquer morte que venha a ocorrer vamos responsabilizar o INCRA e a ouvidoria agrária pela conivência que estão demonstrando ter com a grilagem de terras em Rondônia.”