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Em Rondônia Incra trata camponeses e luta pela terra como caso de polícia

No dia 20 de junho de 2018, a partir das 6 horas, Porto Velho foi palco de mais um episódio odioso de criminalização da luta pela terra, cometido pelo Incra e a Ouvidoria Agrária Nacional. A reunião estava agendada com uma pauta reivindicativa de 18 áreas e acampamentos, diversos deles ameaçados de despejo por culpa da falência do Incra.

Quando chegaram ao órgão federal a comissão de camponeses de cada área e acampamento, advogados e apoiadores encontrou as ruas do entorno do Incra fechadas, os portões trancados e um aparato de guerra com policiais militares, federais e tropa de choque fortemente armados, diversas viaturas e drones. Apenas 30 pessoas puderam entrar para a reunião e foram humilhadas, fichadas, revistados, fotografadas e filmadas pela polícia.

Este fato absurdo comprova a falência da “reforma agrária do governo” que trata como caso de polícia a luta pela terra – bandeira democrática mais antiga do Brasil. E também mostra o desespero dos latifundiários diante do crescimento vertiginoso das tomadas de terra e brava resistência camponesa, que não se dobra frente aos despejos, prisões, torturas e assassinatos cometidos pelo latifúndio, pistoleiros e policiais.