União dos camponeses, trabalhadores rurais, acampados, assentados e quilombolas do Oeste da Bahia
O período das águas está aí e até agora, nenhuma solução foi dada pelos órgãos competentes, para as milhares de famílias acampadas e ameaçadas de despejos. Das promessas de vistoria: só enrolação, das covardias feitas contra os camponeses, nenhuma palavra!
Nós, trabalhadores rurais de toda região decidimos nos unir com todo o povo trabalhador, os comerciantes amigos, professores, estudantes, os honestos e de bem de Carinhanha e Malhada para nos defender contra esta injustiça, para defender as únicas coisas que temos: nossas famílias e nossas roças.
Sabemos que a nossa produção é garantia de progresso, nossa fartura é a fartura da cidade e é isso que queremos: alimentar nossas famílias com o suor do nosso trabalho e comercializar honestamente no mercado.
Não queremos ficar mendigando cesta básica pra quem seja, queremos liberdade para trabalhar.
Quem trabalha e luta, vence!
Não aceitamos as ameaças, as injúrias e a intimidação que tem ocorrido de maneira geral contra as famílias camponesas acampadas em nossa região. Não aceitamos a enrolação para liberação dos créditos (que vamos pagar, diga-se de passagem) que vem ocorrendo em vários assentamentos de reforma agrária. Para não fazer as coisas para os trabalhadores, tudo e qualquer coisa é desculpa.
Por isso, nosso melhor advogado é a roça! Nossas melhores testemunhas são nossos amigos da cidade. O terror do latifúndio não pode impedir os camponeses de plantar e de colher!
Vamos aumentar as roças!
Vamos defender as roças!
Somos parte destas terras, somos negros quilombolas, somos índios, caboclos, posseiros, camponeses, trabalhadores nativos, plantadores das ilhas, das terras, somos sertanejos e resistimos aqui, onde é nosso chão, de onde tiramos o feijão, a abóbora, a mandioca, o milho, a melancia, a batata e nosso orgulho!
Ousar lutar, Ousar vencer! O camponês quer plantar e quer colher!
Aumentar as roças, garantir fartura no São João 2012!
Denúncia Foi feito um Boletim de Ocorrência, e o fato é conhecido por todos. As famílias foram até Salvador levaram a denúncia e estiveram até com o governador Jaques Vagner. Um dia depois (dia 11/09) absurdamente mais um camponês foi assassinado a mando dos latifundiários em Monte Santo- Bahia, numa área do movimento Ceta. Exigimos o fim da impunidade do latifúndio e de seus crimes e covardias!
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