No dia 24, Isabel e seus companheiros realizaram em Jaru uma feira com produtos produzidos por seu coletivo. Por volta das 9 horas da noite ela chegou em casa e saiu para buscar seus filhos quando foi surpreendida por um tiro. Isabel não conseguiu ver quem disparou contra ela. Imediatamente, os camponeses a socorreram e realizaram buscas no entorno. Próximo de um carreador, eles encontraram mato batido, provavelmente onde ficaram as motos que deram cobertura ao autor dos disparos.
Esta é a realidade dos aparatos repressivos do velho Estado em Rondônia e todo o Brasil: existem para reprimir o povo pobre e nada mais. Quando um crime ocorre contra uma pessoa do povo, eles não dão a mínima. Mas quando camponeses pobres invadem um latifúndio, mais que depressa um sem-número de viaturas e policiais armados até os dentes vão até o local para defender os interesses dos latifundiários.
Prestamos nossa solidariedade à camponesa Isabel. Conclamamos todos camponeses, estudantes, trabalhadores da cidade, pequenos e médios comerciantes, democratas em geral a nos unirmos contra a criminalização da luta pela terra.
Campanha de Solidariedade
Até segunda-feira ela estava sem poder comer nem beber água e ainda não podia movimentar uma das pernas. Devido à gravidade do ferimento e às péssimas condições do hospital público onde Isabel se encontrava, por decisão da família e de seus companheiros, ela foi transferida para um hospital particular. Eles estão fazendo uma Campanha de Solidariedade para arrecadar recursos para custear a internação, o tratamento e nova cirurgia que em breve terá que realizar. Quem puder contribuir com qualquer valor, favor pegar a conta bancária nos endereços de e-mail: pastoraldaterra.ro@cpt.com.br ou mpaestadual@gmail.com
O povo quer terra, não repressão!
Jaru, 29 de agosto de 2012