Manifesto exige fim da criminalização da LCP; veja e assine

Luta camponesa

Republicamos abaixo matéria do Jornal A Nova Democracia, publicada em 24 de setembro de 2025 em seu portal.

Foto: Banco de dados de AND.

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) lançou a público um manifesto e abaixo-assinado de convocação à sociedade civil, entidades democráticas, organizações populares e demais defensores dos direitos do povo a solidariedade a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e o fim das perseguições e criminalizações feitas contra o movimento camponês e a luta pela terra.

A iniciativa ocorre no contexto de agravamento das reações persecutórias contra a luta pela terra, denunciando o conluio praticado entre forças paramilitares de extrema-direita, como os bandos pistoleiros e bolsonaristas do “Invasão Zero”, e as forças de repressão do velho Estado que atuam como “segurança particular” do latifúndio, em sua sanha reacionária de tentar condenar a luta pela terra.

O manifesto faz um chamado a todos os democratas a repudiarem a escalada da criminalização contra a LCP. Em que em episódios em recentes no estado de Rondônia, tropas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) de RO executaram o camponês Raimundo Nonato na Área Revolucionária Valdiro Chagas, no dia 8 de agosto. Além de massivos vídeos e propagandas protagonizadas pelo comandante da PM-RO, Régis Braguin, em que falsamente acusa o movimento camponês de “terrorismo”.

A convocação também exige o fim das campanhas persecutórias contra as defesas legais à luta pela terra, o caso da condenação contra a defensora dos direitos do povo e advogada popular Lenir Correia. Injustamente acusada pelas classes dominantes em Rondônia, de ser “líder” de uma “organização criminosa” que, segundo os inimigos declarados dos camponeses e do povo pobre de Rondônia, “invade terras particulares no estado de Rondônia”.

O link para o abaixo-assinado pode ser acessado por aqui.

No ano de 2021, quando a LCP passou por uma tentativa de cerco militar com mais de 2 mil soldados da Força Nacional de Segurança, durante o governo militar genocida de Bolsonaro e generais, diversas personalidades democráticas, nacionais e internacionais se posicionaram em defesa das famílias camponesas, assinando um manifesto de solidariedade a luta pela terra.

No total, mais de 500 personalidades e organizações assinaram o manifesto. Entre as personalidades que aderiram está Noam Chomsky, professor Emérito do MIT e professor Laureado da Universidade de Arizona. O linguista é considerado um dos mais importantes intelectuais vivos e segundo o ranking Thomson Reuters, que mapeia a quantidade de citações e referências em artigos científicos, uma de suas obras está em oitavo lugar no mundo atrás apenas de Marx, Lenin, Shakespeare, Aristóteles, a Bíblia, Platão e Freud. 

Outras importantes personalidades democráticas também aderiram à campanha em defesa das famílias camponesas em luta pela terra. Entre os quais estiveram o padre Júlio Lancelotti, o filósofo Vladimir Safatle, o chargista Carlos Latuff, o historiador João Carvalho, o professor da Humber College, Tyler Shipley, o músico Leoni, além da banda El Efecto e a Revista Ópera.