
A operação combinada entre a Polícia Militar de Rondônia e a pistolagem chefiada por Gesulino Cesar Travagine Castro segue cometendo crimes em plena luz do dia, com a garantia de impunidade, inclusive postando seus crimes em redes sociais. A ação da Polícia Militar e dos pistoleiros tem se expandido para as áreas vizinhas embora não haja nenhuma operação de reintegração de posse expedida pelo judiciário de Rondônia contra essas áreas.
Ainda no dia 9 de abril, a Polícia Militar levou preso um comerciante local, cujo paradeiro segue desconhecido. Outro camponês da área Gedeon está desaparecido desde que a operação foi iniciada. Foi visto pela última vez saindo da área Gonzalo e se dirigindo para a Área Gedeon José Duque, na mesma linha em que foram avistadas duas caminhonetes com pistoleiros.
No dia 10, pistoleiros fizeram arrastão e invadiram a casa de camponeses na Área Gonzalo, ameaçando e agredindo vários moradores, chegaram a agarrar no pescoço de um casal de idosos, ameaçando de morte logo em seguida caso não deixassem seu lote imediatamente. Também no dia 10, a Polícia Militar invadiu uma parte da Área Revolucionária Valdiro Chagas sob a justificativa de procurar camponeses que teriam saído da Área Gedeon e que supostamente estariam sendo escondidos por outros moradores da área vizinha.
Desde o dia 9, maquinas e tratores estão derrubando a mata de reserva localizada dentro da Área Gedeon, enquanto grupos de pistoleiros agindo em bandos seguem destruindo os pertences das famílias e caçando as famílias, inclusive um grupo de mulheres e crianças segue cercado pelos pistoleiros. Enquanto o bando armado de Gesulino faz o serviço sujo, a Polícia Militar sobrevoa a Área Gedeon com helicóptero e a Polícia Civil e Militar de Machadinho d’Oeste e de Cujubim seguem atuando por terra em coordenação com os pistoleiros que estão em grupos na mata.
Até o momento nenhuma autoridade dos ditos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Rondônia se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, Gesulino segue postando seus crimes em suas redes sociais, como o Instagram. No último dia 30, foi postado um vídeo em que ele destruía a entrada da AR Gedeon, incendiando a estrutura de vigilância da área e as faixas colocadas pela Liga dos Camponeses Pobres. Em outro vídeo, Gesulino se vangloria da rapidez na construção de uma cerca na parte da Área Gedeon por ele invadida. O vídeo foi apagado recentemente, mas moradores salvaram as postagens:
Camponeses também identificaram um dos pistoleiros que baleou um camponês da Área Gedeon no dia 31, de nome Diógenes e que seria um dos gerentes de Gesulino. O veículo utilizado no ataque esteve junto a Polícia Militar durante a prisão do comerciante local e segue circulando na área. Até o momento nenhuma prisão dos autores desse crime foi realizada.


Camponeses da região denunciam que a apreensão de armas e munições de integrantes do grupo “Invasão Zero”, realizada pela Polícia Militar no dia 09 de abril, teria sido apenas uma encenação, enquanto acobertavam os pistoleiros que estão na mata. Diante de uma frota de mais 15 caminhonetes com latifundiários e capangas armados até os dentes, o resultado da ação policial foi a apreensão de apenas 6 armas de fogo e algumas dezenas de munições.