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Polícia Federal agride camponeses na sede do INCRA em Rondônia

Camponeses são reprimidos pela Polícia Federal durante ocupação do INCRA

Camponeses são reprimidos pela Polícia Federal durante ocupação do INCRACerca de 15 policiais federais adentraram as dependências do INCRA em Porto Velho e realizaram um despejo de mais de sessenta famílias que se encontravam no local. A operação foi iniciada por volta das 18:40 desta segunda-feira, 30 de junho. Os policiais armados com fuzis, metralhadoras e pistolas passaram a agredir física e verbalmente os que se encontravam no local.

No momento da agressão, estavam presentes três acampamentos distintos: Acampamento Flor do Amazonas (Candeias do Jamari), Acampamento Canaã II (região de Machadinho) e Acampamento Jequitibá (Candeias do Jamari), este último vinculado ao MCC – Movimento Camponês Corumbiara. Dois camponeses foram agredidos verbalmente e na confusão foram detidos na sede da polícia Federal.

Camponeses são reprimidos pela Polícia Federal durante ocupação do INCRA

Sem qualquer mandado de reintegração de posse ou liminar de despejo, os acampados ficaram irritados com a ação truculenta da polícia, que passava, segundo seus relatos, a chamá-los de “vagabundos, prostitutas e baderneiros”. Camponeses são reprimidos pela Polícia Federal durante ocupação do INCRANenhum policial quis se identificar à imprensa, e tampouco nenhum dos dois delegados quiseram se identificar como coordenador da operação.

Dezenas de crianças ficaram ao relento durante horas na frente do INCRA, muitas panelas com arroz e feijão, prontas para serem servidas na janta, foram jogadas para fora do órgão. Com a recusa dos acampados de se retirarem do local e na ameaça iminente de se ampliar um conflito a polícia federal negociou a re-entrada das famílias ao local, vinculadas aos acampamentos Flor do Amazonas e Canaã II. Na fila para entrarem no órgão foram obrigadas a se identificarem de forma truculenta. Um verdadeiro atentado contra mulheres e crianças que a todo o tempo estavam sob a mira das armas de grosso calibre empunhadas pelos policiais.

Repudiamos mais esta ação fascista contra os camponeses pobres em Rondônia e saudamos os camponeses pela coragem em prosseguir na luta pela terra.

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO