Recentemente tem circulado nas redes sociais a gravação de um comboio do exército reacionário (clique aqui para baixar o vídeo), com caminhões carregando tanques, viaturas, etc. passando por Cacoal, município da região central de Rondônia, no sentido de Porto Velho. Ainda que não está preciso a data de quando isso realmente ocorreu, possivelmente é parte dos preparativos de intimidação e ameaça do fascista Bolsonaro contra a luta pela terra, especialmente a LCP – Liga dos Camponeses Pobres.
Rondônia tem sido palco de várias tomadas de latifúndios apoiadas pela LCP, onde milhares de camponeses trilham o caminho da Revolução Agrária resistindo heroicamente a ataques covardes de pistoleiros e forças repressivas do velho Estado, a serviço do latifúndio. O velho Estado em todos os níveis têm movido sucessivas campanhas repressivas contra a luta pela terra e a LCP. Recentemente policiais covardes e assassinos da Força Nacional do fascista Bolsonaro e da PM de Marcos Rocha, governador marionete de latifundiários, chacinaram três camponeses na área Ademar Ferreira, prenderam vários outros, e mantêm operativos na região para cometer outros crimes contra os camponeses levando a frente sua política reacionária de terrorismo de Estado, cometendo matanças e outras bestialidades na vã tentativa de parar a luta pela terra.
Em relação a essas mortes recentes, já contaram várias estórias, em diferentes versões, mas todas elas querem fazer crer que as mortes ocorreram fruto de um confronto. Mentira! O que ocorreu foi uma chacina, mataram gente trabalhadora na covardia, inclusive atirando pelas costas, sem que tivesse ocorrido confronto algum!
Essa chacina ocorrida no último dia 13 de agosto, é a continuação da política de terror do velho Estado burguês latifundiário contra o povo que segue inalterável há séculos e é a confirmação das ameaças do fascista Bolsonaro, que em algumas ocasiões, como foi na inauguração da ponte sobre o rio Madeira em Abunã, ameaçou os camponeses e a LCP, e que defende abertamente que policiais devem atirar pra matar sem passar por nenhum tipo de investigação ou punição. A verdade é que estão derramando sangue de camponeses para prestar contas e satisfazerem a sanha dos latifundiários ladrões de terra da União que é a quem realmente serve esse velho Estado. O próprio fascista Bolsonaro não nos deixa mentir, já disse em diferentes ocasiões discursando para esses ladrões de terra que o governo pertencia a eles.
Em meio ao golpe militar preventivo em curso há vários anos, no qual Bolsonaro disputa com o Alto Comando das Forças Armadas (ACFA) sua direção, os fascistas abundam ameaças com exibição de seus aparatos bélicos. Querem com isso intimidar e ameaçar os verdadeiros democratas e revolucionários. E em Rondônia visam principalmente os movimentos populares que lutam por terra pra quem nela trabalha.
As forças armadas reacionárias, principalmente o exército brasileiro, nos seus sinistros planos de desfechar o golpe militar preventivo, busca se apresentar como instituição capaz de salvar o descalabro que se encontra o país. Mas é justamente o contrário! A verdade é que as forças armadas reacionárias não servem para proteger o país, são a própria medula do velho Estado reacionário podre e corrupto de um sistema de exploração e opressão contra o povo brasileiro. Toda esta podridão em que se afunda o país é resultado do sistema que eles sempre asseguraram com suas baionetas e canhões. São o ferrolho que tem impedido o desenvolvimento da nossa Nação, e há tempos combatem a ferro e fogo todas os levantamentos populares e tentativas de levar adiante transformações progressistas e democráticas no nosso país.
Recentemente durante a pandemia de Covid-19 as forças armadas uma vez mais mostraram sua face horrenda: não construíram hospitais de campanha, nem abriram para a população suas unidades de atendimento à saúde vazias e ociosas, com inúmeros médicos, enfermeiros e leitos, inclusive de UTI, tudo custeado com impostos pagos pelo povo, mas destinadas para atendimento apenas da casta de privilegiados oficiais militares, outros ricaços e membros do governo. Enquanto isso as pessoas agonizavam e morriam nas filas dos hospitais lotados sem atendimento ou por falta de oxigênio. Bolsonaro e seu governo de generais assentados nas forças armadas reacionárias são genocidas, e tem responsabilidades diretas pela mortandade da população brasileira.
E afirmamos uma vez mais, nada, nem ninguém pode deter a luta camponesa pela terra, nem tanques de guerra, nem chacinas, nem todo terrorismo de Estado. O sangue não afoga a revolução, senão que a rega! As famílias da área Ademar Ferreira seguem firmes na luta pela terra e agora por justiça pela execução dos companheiros Amarildo, Amaral e Kevin. A coragem supera o medo, porque os camponeses precisam de terra para trabalhar, porque têm a certeza de que sua luta é justa. Enquanto existir a enorme concentração de terras nas mãos de uma ínfima minoria de latifundiários ladrões de terra da União, massacradores de camponeses e povos indígenas e destruidores da natureza, e de outro lado milhões de famílias de camponeses pobres sem terra, essa luta não vai parar. Custe o que custar, demore o tempo que for, a vitória será nossa porque nós lutamos pelo que é justo e representamos o que é novo, e como diz nosso hino, “a luta vai ser tão difícil, por mais que demore vamos triunfar”.
Não somos esta esquerda oportunista que vive dependurada nos carguinhos rendosos do velho Estado e capitula frente as forças armadas reacionárias. Os milicos e suas demonstrações de força, não nos assombra. Sabemos que são tigres de papel, e o destino dessa corja será a lata de lixo da história. Nós somos revolucionários verdadeiros, trabalhamos incansavelmente pela Revolução Agrária, como parte da Revolução de Nova Democracia para construir um Brasil Novo sem injustiça, exploração e opressão. A história está a favor do povo! Quem viver, verá!
Abaixo o governo militar genocida de Bolsonaro!
Abaixo a criminalização da luta pela terra! Terra para quem nela trabalha!
Companheiros Amarildo, Amaral e Kevin, presentes na luta!
Liberdade imediata para os camponeses presos políticos da área Ademar Ferreira!
Viva a Revolução Agrária, morte ao latifúndio!
LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental
