Diante dos ataques da tropa da Polícia Rodoviária Federal, a população do distrito de Extrema opôs um brava e feroz resistência, se defendendo com paus, porretes, pedras, molotovs e barricadas em chamas. Depois de resistir as primeiras investidas o povo literalmente colocou a polícia pra correr debaixo de uma chuva de pedras e paus. A polícia terminou fugindo deixando para trás cassetetes, viaturas, etc, tendo como saldo cinco policiais feridos.
Após esses acontecimentos o ministro da justiça, Tarso Genro, atendeu o pedido da PRF de envio de tropas da Força Nacional de segurança para a região. E o que é ainda mais grave, o ministro na portaria nº 2680, autoriza expressamente o emprego de armas e munição de tipo letal para a suposta “legítima defesa dos policiais e de terceiros”.
Atualmente esses distritos estão sob a tutela da prefeitura de Porto Velho. Basta ver que se a situação em Porto Velho não anda nada boa, dá pra se ter uma ideia de qual é a situação nos distritos localizados a centenas de quilômetros da sede do município.
Até o dia 5 de agosto, nenhuma autoridade do velho Estado havia comparecido ao local além da polícia.
Como sempre, a imprensa marrom tratou de criminalizar o movimento, e repetindo o que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) lhe soprou nos ouvidos, acusou os manifestantes de estarem tramando um plano terrorista para explodir um caminhão de combustível, derrubar torres de energia elétrica e romper cabos de fibra ótica. Tudo isso para justificar a repressão e o “restabelecimento da ordem”.
No fim da tarde do dia 5, a PRF de forma covarde e arrogante atacou a população com balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e de pimenta. Dezenas de pessoas ficaram feridas por balas de borracha e estilhaços de bombas. Para não restar dúvida da crueldade com que as tropas investiram sobre o povo há um vídeo divulgado na internet [link para o vídeo no fim da página] que mostra o momento em que um policial que estava comandando a operação ordena a outro que atirasse sobre um senhor de idade, desarmado e isolado da manifestação:
“- Dá nesse velho, dá nesse velho!” E o policial executa a ordem, disparando prontamente. Não satisfeito o comandante ainda ordena: “- Outra!”
Mas onde há opressão, há resistência! E rebelar-se é justo!
Diante dos ataques da tropa da PRF, a população opôs um brava e feroz resistência, se defendendo com paus, porretes, pedras, molotovs e barricadas em chamas. Depois de resistir as primeiras investida o povo literalmente colocou a polícia pra correr debaixo de uma chuva de pedras e paus. A polícia terminou fugindo deixando para trás cassetetes, viaturas, etc, tendo como saldo cinco policiais feridos.
Após esses acontecimentos o ministro da justiça, Tarso Genro (PT), atendeu o pedido da PRF de envio de tropas da Força Nacional de segurança para a região. E o que é ainda mais grave, o ministro na portaria nº 2680, autoriza expressamente o emprego de armas e munição de tipo letal para a suposta “legítima defesa dos policiais e de terceiros”.
No dia seguinte ao confronto, não faltou politiqueiros e seus representantes no local para fazer promessas, se dizerem defensores do povo e a favor da emancipação para apaziguar os ânimos. Depois de 82 horas de bloqueio a BR 364 foi liberada pelos manifestantes depois da promessa de audiência com o presidente do TSE em Brasília.
Farsa de Democracia
Por outro lado para os ricos e poderosos, o tratamento é bem diferente. Basta comparar, qual foi a atuação da PRF, quando funcionários e pessoas financiadas pelo governo estadual, fecharam a BR 364 em vários pontos, para defender Cassol? Não fizeram nada além de acompanhar e dar suporte.
Para os grandes burgueses e latifundiários, realmente há democracia e liberdade. Podem explorar o povo, podem roubar, desviar dinheiro público, grilar terras, assassinar trabalhadores, sugar e vender nossas riquezas a vontade. Mas para o povo o que de fato existe é uma verdadeira ditadura, onde os seus direitos mais básicos são negados diariamente e onde quer que se rebele, o Estado envia suas tropas armadas, com a autorização expressa para matar.
Repudiamos os ataques da PRF e o envio de tropas da Força Nacional para Porto Velho!
Saudamos a combativa resistência popular e nos solidarizamos com o povo da região de Ponta do Abunã!
CDRADP – Comitê de Defesa da Revolução Agrária e dos Direitos do Povo
Porto Velho, 9 de Agosto de 2009