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Heroica Resistência Palestina dá importante golpe no Estado terrorista de Israel

O jornal Resistência Camponesa soma-se às milhares de organizações amantes da paz no mundo todo e saúda a heroica resistência do povo palestino que não se dobrou diante do ataque genocida do Estado terrorista de Israel! Depois de 22 dias de ataques covardes, Israel se viu obrigado a sair do território palestino Faixa de Gaza sem alcançar seus objetivos, que eram: atemorizar e expulsar os palestinos de Gaza, aumentar seu domínio colonial e destruir a resistência e o Hamas. Vitória da heroica Resistência Palestina!

No dia 27 de dezembro de 2008 Israel, iniciou bombardeios contra a Faixa de Gaza, uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, usando armas de última geração, tanques, helicópteros de ataque e aviões caça. Edifícios do governo, mesquitas, hospitais, escolas e mercados foram destruídos, mais de 25.000 casas ficaram destruídas ou danificadas, 5.500 palestinos ficaram mutilados e 1.300 foram assassinados, sendo que metade eram mulheres, crianças e idosos.

A desculpa dada por Israel é que o Hamas, principal organização da Resistência Palestina, lançou foguetes em território israelense rompendo um acordo de paz. Mas a verdade é que tal acordo, que durou 18 meses, foi rompido desde o início, várias vezes por Israel, enquanto os palestinos respeitavam-no. Israel intensificou a invasão de mais territórios palestinos e o cerco à Faixa de Gaza impedindo a entrada de alimentos, medicamentos e combustível, cortando eletricidade e abastecimento de água, isolando os palestinos por terra, ar e mar. Centenas de pacientes morreram em decorrência direta deste cerco além de 30 cidadãos de Gaza que foram assassinados por soldados israelenses. 50 pessoas e várias centenas mais ficaram feridas na Cisjordânia, sem que nenhum foguete tenha sido disparado de lá contra Israel. Israel transformou o acordo de paz numa política de morte lenta do povo palestino.

Então, a Resistência lançou foguetes contra alvos econômicos de Israel. Segundo palavras do Hamas: “Nossos modestos foguetes de fabricação caseira são nosso grito de protesto ao mundo. Israel e seus patrocinadores estadunidenses e europeus querem matar-nos em silêncio. Porém nós não morreremos em silêncio.”

Em nota divulgada durante os ataques de Israel o Hamas afirmou: “O povo de Gaza está mais unido que nunca, determinado a não deixar-se aterrorizar até a submissão. Nossos combatentes, armados com a justiça de sua causa, já têm causado muitas baixas ao exército de ocupação e lutam para defender seu território e seu povo. Nada pode derrotar nossa vontade de ser livres.”

E os gritos de protesto dos palestinos foram ouvidos nos quatro cantos do mundo. Diariamente explodiram manifestações em vários países, inclusive de judeus, contra o Estado fascista de Israel e de apoio à causa Palestina.

Depois do fim dos ataques de Israel o Hamas e a Resistência como um todo estão mais fortalecidos.

Desde sua fundação Israel é um Estado terrorista

O Estado fantasma de Israel foi criado pela ONU em 1948 e desde então os palestinos tem conhecido o verdadeiro inferno. Israel tem cometido ilegalidades de todo tipo que deixariam até Hitler surpreso! Israel já tomou 78% da Palestina e continua invadindo, destruindo casas, dominando as terras mais férteis, a água, as estradas e construindo centenas de colônias de judeus em território palestino.

Os 22% restantes do território palestino, além de estar dividido em duas partes, Faixa de Gaza e Cisjordânia, ainda são controlados militarmente pelo exército de Israel e pelos israelenses sionistas* armados pelo governo, impedindo o povo palestino de ir e vir dentro de seu próprio país. Isto transforma a Palestina no maior presídio do mundo. Cerca de 4 milhões de palestinos expulsos de suas terras e casas vivem em campos de refugiados na Jordânia, Síria e Líbano, países vizinhos.

Tudo isto sem contar os milhares de palestinos massacrados.

A Palestina localiza-se numa região de grande interesse estratégico mundial, primeiro porque é um corredor de ligação entre Europa e Ásia e segundo porque tem as maiores reservas de gás e petróleo do mundo. Desde sua criação, Israel tem sido financiado e sustentado econômica e politicamente por países imperialistas, primeiro a Inglaterra e agora o EUA. Só os EUA injetou mais de 100 bilhões de dólares em Israel entre os anos de 1949 e 2000, além de inúmeras doações de armamento, que colocaram o exército de Israel na posição de 4º exército mais poderoso do planeta e de 2º com maior frota de caças F16. EUA não faz isso de graça. Ter uma base militar, como é Israel, nesta importante região do globo serve à sua estratégia de dominar o povo árabe, apossar-se de suas riquezas e manter-se como potência hegemônica mundial.

Israel conta com o apoio cúmplice da maioria dos governos e da “Autoridade Palestina”

Enquanto povos do mundo inteiro protestam contra Israel e manifestam apoio aos palestinos os governos da maioria dos países nada fazem. A ficha corrida de Israel é extensa, são inúmeras leis, tratados, emendas e acordos internacionais descumpridos desde 1948; agora nos últimos ataques Israel utilizou bombas de fósforo branco, urânio radioativo e outras armas de destruição em massa. E a chamada “Comunidade Internacional” fecha os olhos, o máximo que fazem é condenar a violência em geral. Estados Unidos da América (EUA) e o Vaticano seguiram com o discurso de acusar o Hamas pelas mortes dos palestinos. Barack Obama, novo presidente do EUA, em sua primeira entrevista coletiva reafirmou apoio à Israel.

O governo do Sr. Luiz Inácio, apesar do discurso ambíguo de condenar tanto Israel quanto o Hamas, é totalmente cúmplice do genocídio israelense. Se quisesse, o governo brasileiro poderia ter rompido os vários negócios que tem com Israel como represália aos ataques contra a Palestina. São contratos para fabricação de aviões bombardeios pela Embraer que ultrapassam 750 milhões de dólares; Acordo de Cooperação em Educação assinado pelo Brasil e Israel em 2008; treinamentos que policiais brasileiros recebem no “Instituto Internacional da Histadrut”, em Israel, há mais de 10 anos. Caveirões, cercos de favelas, selvageria da polícia e crescente número de assassinatos de pobres por todo o país, mas principalmente no Rio de Janeiro, são o resultado desse treinamento nazista.

O falso governo da chamada “Autoridade Palestina” dirigida atualmente pelo Sr. Abbas mostrou que não passa de governo fantoche manipulado por Israel e EUA. Manteve uma postura de conivência durante a recente agressão de Israel, reprimiu manifestações de protesto na Cisjordânia, delatou e aprisionou vários membros da Resistência Palestina. A “Autoridade Palestina” têm dois terços de seu orçamento mantidos por Israel, Estados Unidos e União Europeia e os apoios declarados de Barack Obama e Ehud Olmert, dirigente de Israel.

Rebelar-se é justo!

O Hamas e o governo do primeiro ministro palestino Ismail Haneyya já reassumiram plenamente suas responsabilidades em Gaza, especialmente a atenção aos feridos, mutilados e desabrigados e a reconstrução da destruição causada por Israel. Mas a luta segue. O Hamas adverte que “a Resistência Palestina tem que estar atenta e manter o dedo no gatilho, porque Israel é astuto e a vingança corre por suas veias após várias derrotas.” E que agora há ainda duas batalhas, uma para romper o cerco de Israel e a segunda para abrir as passagens de fronteira.

Em tempos de grave crise econômica do sistema imperialista mundial como o atual, as classes dominantes dos países imperialistas aceleram e aprofundam a exploração e opressão dos países dominados com mais militarização e guerras de rapina. Estes ataques de Israel à Palestina estão inseridos neste contexto. O mesmo tende a ocorrer em outros países, inclusive no Brasil. Por outro lado, os povos no mundo inteiro estão se levantando contra o corte de direitos, demissões, redução de salários, contra a miséria e criminalização da pobreza e por democracia e liberdade. Os povos têm que se preparar para derrubar o inimigo comum, o imperialismo, inspirados no exemplo da Heroica Resistência Palestina. A luta dos povos é dura, mas é justa, representa o interesse da maioria absoluta e o imperialismo não é invencível.

Viva a Heroica Resistência do Povo Palestino!

Pelo fim imediato dos ataques, bloqueios e estado de sítio contra o povo palestino!


* Sionismo: Movimento nacionalista judaico iniciado no século XIX, com vista ao restabelecimento, na Palestina, dum Estado judaico, e que se fez vitorioso em 1948. (Dicionário Aurélio)