Cartas

Nosso caminho

Primeiramente quero mandar um abraço para todos os companheiros e companheiras da Liga, um abraço para todos da produção e da luta do campo, a todos de Jaru e redondezas, de União dos Bandeirantes, Jacinópolis, os companheiros de Santa Elina e a todos que perguntam por mim. Eu estou em tratamento de saúde, muito bem graças a Deus. Vou fazer uma cirurgia de varizes que a médica pediu e outra de rins que é muito simples. Estou com muita saudade da companheirada! Mando um abraço forte para todos. Porque sei que aí está minha família que são vocês da luta.

Recebi aqui do Socorro Popular e da Liga Operária um grande calor humano, por todos professores da Escola Popular, dos Sindicatos e companheiros do AND. Pra mim foi muito importante. Estou aprendendo muito com eles aqui. Aqui é um exemplo para todos nós aí da revolução camponesa em Rondônia.

A Liga Operária é uma base como se fosse uma bacia geográfica que forma os rios. Esse é o nosso caminho. Participei do Encontro Nacional do MEPR em BH, dos companheiros estudantes de várias regiões do Brasil. A emoção de todos foi grande. Quero que vocês telefonem pra mim dando um pouco de informação. Fico curioso pra saber como estão os companheiros, a luta, passar as novidades para mim aqui.

Estou terminando meu tratamento de saúde agora em março e estou voltando pra aí, para ajudar vocês agitar nossa bandeira e conquistar nossa terra.

Gerolino


Resistência Camponesa na sala de aula

Leia, divulgue, defenda o jornalTenho recebido este jornal e gostei muito. Temos utilizado em sala de aula para reflexão sobre as questões agrárias de Rondônia. Me coloco a disposição para futuras contribuições, para a existência deste jornal.

Maria Madalena Ferreira


Contribuições para o jornal

Olá, confesso que desconhecia a existência deste jornal. Parabenizo a vossa iniciativa, e me prontifico a ajudar com a manutenção do mesmo. Porque a referida diretoria, não cria uma espécie de conta bancária para que possamos ajudar depositando qualquer quantia que nos for cabível? Por enquanto, lutarei, divulgando da maneira que me for possível.

Gustavo Yuri Reis da Silva


Não vamos esperar

O movimento camponês combativo cresce enfrentando todo o ódio deste Estado e dos latifundiários, mas o pior câncer que temos enfrentado são os oportunistas do MST que funcionam como uma camisa de força para os camponeses, enganando e iludindo com a possibilidade de uma reforma agrária pacífica. Não vamos mais esperar!

“Pedrinho baiano e professora”


Vivemos da terra

Sou de Nova Conquista em União Bandeirantes e estou nesta luta desde fevereiro de 2008, não entendia o que era um acampamento e muito menos sobre a luta. Certo dia estávamos em nosso acampamento e chegaram companheiros da LCP.

Fizeram uma assembleia e explicaram qual era seu objetivo, todos gostaram, até o momento eu só pensava em desistir. Mas fui vendo que as coisas não eram tão fáceis, pois os próprios paus mandados, ou seja, os policiais foram nos despejar. Fui ajudar em outras áreas, me aprofundei na luta cada vez mais, sei como é importante a luta, principalmente as mulheres na luta, apesar do grande machismo dos homens que acham que as mulheres só servem para ficar em casa dirigindo um fogão e ralando para dar tudo na sua mão.

Sofremos muito com perseguições de policiais e guaxebas, até hoje somos perseguidos, só que não vamos desistir, pois vivemos da terra e sem a terra não somos nada, dizem que derrubamos a toa, derrubamos para viver, na verdade quem faz isto são os grandes latifundiários, que só pensam em criar gado. Todos os pequenos devem se unir para acabar com todos estes grandes latifundiários. Eles difamam os camponeses. Só que eles encontraram uma grande inimiga não me importo com as consequências que posso sofrer, se tiver que lutar até o último instante para defender meus companheiros irei lutar de todo o coração.

Vanessa Dias Pires
Nova Conquista – União Bandeirantes


Revolta

Não quero me identificar, mas através do jornal eu fiquei revoltado com o acontecimento contra os pobres trabalhadores porque foram maltratados por fazendeiros, polícia e pistoleiro aqui em União Bandeirantes. Se não for os trabalhadores como estes bandidos podem sobreviver.

Eu não sou contra o trabalho das autoridades desde quando trabalhe de forma justa, não defendendo fazendeiros e pistoleiros para massacrar os camponeses pobres, pois estes não tem uma vida digna e só querem um pedaço de terra para trabalhar e levar o sustento para a mesa. Os policiais de Bandeirantes ajudaram a massacrar os camponeses, será que só têm justiça para o trabalhador, que são presos, torturados enquanto para os ricos nada acontece?

Anônimo

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