No dia 27 de dezembro de 2008 Israel, iniciou bombardeios sobre a Faixa de Gaza, uma das regiões mais densamente povoadas do mundo. Após alguns dias de intenso bombardeio, usando armas de última geração, helicópteros de ataque e aviões caça, invadiu por terra com tanques e tropas. Edifícios do governo, mesquitas, hospitais, escolas e mercados foram destruídos, mais de 25.000 casas ficaram destruídas ou danificadas, 5.500 palestinos ficaram mutilados e 1.300 foram assassinados, sendo que metade eram mulheres, crianças e idosos.
A desculpa dada por Israel é que o Hamas, principal organização da Resistência Palestina, lançou foguetes em território israelense rompendo uma trégua. Mas a verdade é que tal acordo, que durou 18 meses, foi rompido desde o início, várias vezes por Israel, enquanto os palestinos eram mantidos sobre o bloqueio total.
Israel primeiro transformou a trégua numa política de morte lenta do povo palestino para então iniciar a ofensiva covarde em dezembro. Mas não tiveram êxito. Ao invés de diminuir, a união, revolta e resistência do povo palestino aumentaram.
Os gritos de protesto dos palestinos foram ouvidos nos quatro cantos do mundo. Diariamente explodiram manifestações em vários países contra o Estado fascista de Israel e de apoio à causa Palestina.
Depois de 22 dias de ataques covardes, Israel se viu obrigado a retirar-se da Faixa de Gaza sem alcançar seus objetivos, que eram: destruir a direção do Hamas e descabeçar a resistência, aterrorizar, expulsar os palestinos de Gaza e aumentar seu domínio colonial.
Desde sua fundação Israel é um Estado terrorista
Tudo isto sem contar os milhares de palestinos massacrados desde 1948.
A Palestina localiza-se numa região de grande interesse estratégico mundial, primeiro porque é um corredor de ligação entre Europa e Ásia e segundo porque tem as maiores reservas de gás e petróleo do mundo.
Desde sua criação, Israel tem sido financiado e sustentado econômica e politicamente por países imperialistas, primeiro a Inglaterra e depois o EUA. Só os EUA injetou mais de 100 bilhões de dólares em Israel entre os anos de 1949 e 2000, além de inúmeras doações de armamento, que colocaram o exército de Israel na posição de 4º exército mais poderoso do planeta. O EUA faz isso provando que Israel não passa de seu quartel avançado nos territórios árabes e todo o Oriente Médio.
Israel conta com o apoio cúmplice da maioria dos governos e da “Autoridade Palestina”
A ficha corrida de Israel é extensa, são inúmeras leis, tratados, emendas e acordos internacionais descumpridos desde 1948. Nestes últimos ataques, Israel utilizou bombas de fósforo branco, urânio radioativo e outras armas de destruição em massa. E a chamada “Comunidade Internacional” fecha os olhos, o máximo que fazem é condenar a violência em geral. EUA e Vaticano seguiram com o discurso de acusar o Hamas pelas mortes dos palestinos. Barack Obama, novo presidente dos EUA, em sua primeira entrevista coletiva reafirmou apoio à Israel.
A gerência FMI/PT, apesar do discurso ambíguo de condenar tanto Israel quanto o Hamas, é totalmente cúmplice do genocídio israelense. Se quisesse, o governo brasileiro poderia ter rompido os vários negócios que tem com Israel como represália aos ataques contra a Palestina. São contratos para fabricação de aviões pela Embraer que ultrapassam 750 milhões de dólares; Acordo de Cooperação em Educação assinado em 2008; treinamentos que policiais brasileiros recebem em Israel há mais de 10 anos. Caveirões, cercos de favelas, selvageria da polícia e crescente número de assassinatos de pobres por todo o país, mas principalmente no Rio de Janeiro, são o resultado desse treinamento nazista.
O falso governo da chamada “Autoridade Palestina” dirigida atualmente pelo Sr. Abbas mostrou que não passa de governo fantoche manipulado por Israel e EUA. Durante a recente agressão de Israel delatou e aprisionou vários membros da Resistência Palestina e reprimiu manifestações de protesto na Cisjordânia. A “Autoridade Palestina” tem dois terços de seu orçamento mantidos por Israel, Estados Unidos e União Européia.
Rebelar-se é justo!
Em tempos de grave crise econômica do sistema imperialista mundial as classes dominantes dos países imperialistas aceleram e aprofundam a exploração e opressão dos países dominados com mais militarização e guerras de rapina. Estes ataques de Israel à Palestina estão inseridos neste contexto. O mesmo tende a ocorrer em outros países, inclusive no Brasil. Por outro lado, os povos no mundo inteiro estão se levantando contra o corte de direitos, demissões, redução de salários, contra a miséria e criminalização da pobreza e por democracia e liberdade.
Os povos têm que se preparar para derrubar o inimigo comum, o imperialismo, inspirados no exemplo da Heroica Resistência Palestina. A luta dos povos é justa mesmo sendo muito dura e representa o interesse da maioria absoluta dos povos e o imperialismo inevitavelmente será derrotado.
Viva a Heroica Resistência do Povo Palestino!