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Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

Mulheres cantam hino do MFP durante o 5º Congresso da LCP - Agosto de 2008

Este ano, o MFP – Movimento Feminino Popular realizou a celebração do 8 de março na área Raio do Sol. Os moradores, especialmente as camponesas, abraçaram com entusiasmo esta que já é uma tradição do MFP e tantos outros movimentos classistas mundo afora. Os preparativos da celebração começaram com uma reunião com camponesas e depois com um estudo sobre os princípios do MFP. As tarefas foram divididas inclusive entre os homens.

Mulheres cantam hino do MFP durante o 5º Congresso da LCP - Agosto de 2008

A celebração contou com a presença de quase 100 pessoas das áreas Raio do Sol, Canaã, Gonçalo, José e Nélio e Jaru. O barracão da Assembleia foi todo decorado com bandeiras do MFP, da LCP e da Palestina e um mural com fotos da luta popular, destacando a participação da mulher em todas as tarefas.

8 de março na área Raio do SolLogo na abertura, foi apresentado um teatro que contou a história de uma luta vitoriosa liderada por mulheres camponesas. Na peça, camponeses e apoiadores trancaram o ônibus escolar dentro da área, obrigando a prefeitura a enviar o transporte para buscar as crianças. Antes disto, as camponesas enfrentaram uma promotora, o que prova que as mulheres do povo não têm que se unir com as mulheres das classes dominantes, não tem nada a celebrar e a lutar junto com suas opressoras.

A maioria dos atores do teatro era jovem. Eles são os que mais sentem necessidades de atividades recreativas e de integração e por isso mesmo são os maiores entusiastas de esportes e exercícios físicos, festas com música e dança, rodas de violão, filmes e teatros. Também são tarefas do MFP preparar atividades culturais e de lazer e apoiar a organização da juventude.

Depois do teatro, um grupo de mulheres cantou o hino do MFP “Lutadoras da Revolução” e deu-se início às falações. A primeira a falar foi uma camponesa do Raio do Sol que lembrou várias lutas na área: produção, resistência a despejo, construção de estrada e barracão da Assembleia, funcionamento da Escola Popular. Em todas elas a mulher participou ativamente.

A representante do MFP afirmou que o 8 de março não é de todas as mulheres, é o Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras do campo e da cidade, principalmente as operárias  e  camponesas, que junto dos homens de sua classe produzem todas as riquezas e ainda sofrem a mais infame opressão.

O representante da LCP deu vários exemplos do papel destacado das mulheres em várias lutas. Isto comprova que não há uma natureza feminina inferior ao homem. O que existe é uma opressão sexual contra as mulheres que a aprisiona na vida doméstica mesquinha e num papel submisso em relação ao homem. Esta ideologia reacionária imposta pertence e serve às classes dominantes que querem manter metade do povo – as mulheres – afastada da luta, fora de combate.

O ato encerrou-se com a comemoração dos aniversariantes do mês, iniciativa das mulheres do Raio do Sol e mais uma das tarefas do MFP: promover a integração e união dos camponeses.

Em 2010 completam-se 100 anos que a 2ª Conferência de Mulheres Socialistas definiu um Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Desde sua fundação, o MFP combate os movimentos feministas burgueses e revisionistas que desvirtuam o significado do 8 de março. Já é tradição do MFP celebrar esta data com seu verdadeiro caráter: um dia de luta de mulheres e homens das classes trabalhadoras, ombro a ombro, pela destruição do velho Estado e a construção revolucionária do novo poder de Nova Democracia, caminho para a construção do Socialismo.