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Após chacina, Força Nacional, PM e pistoleiros continuam atacando camponeses

Camponeses da Área Ademar Ferreira, no distrito de Nova Mutum Paraná, continuam sendo covardemente alvo de abusos e crimes da Força Nacional de Bolsonaro e seu governo de generais, da PM assassina do coronel Marcos Rocha, marionete de latifundiários, em ação conjunta com pistoleiros dos latifundiários “Galo Velho” e Ricardo Leite. Menos de um mês após terem promovido mais uma chacina de camponeses que ceifou a vida dos trabalhadores honestos Amarildo, Amaral e Kevin, enquanto estes trabalhavam em suas roças (como denunciado aqui: Força Nacional de Bolsonaro e PM de Marcos Rocha assassinam camponeses em Rondônia), as forças policiais mantidas às custas do dinheiro dos impostos pagos pelo povo seguem agindo como guaxebas de latifundiários da região, cometendo todo tipo de ilegalidade na tentativa desesperada de expulsar as famílias camponesas, das áreas antes roubadas da União e ora recuperadas pelos trabalhadores.

Segundo relatos preliminares das famílias, nos dias 02 e 03 de setembro policiais da Força Nacional e PM em pelo menos 14 viaturas e apoiados por um helicóptero invadiram a área Ademar Ferreira, percorreram todas linhas, tocando o terror com fuzis apontados, insultando e ameaçando homens, mulheres e crianças. Apreenderam motos, incendiaram barracos e destruíram os modestos pertences das famílias camponesas por onde passavam. Muitos dos pertences dos camponeses “apreendidos” (roubados a mão armada), como por exemplo as motocicletas, que desde então estão sendo usadas pelos pistoleiros nas fazendas da região.

Para dificultar o retorno dos camponeses para seus lotes, policiais jogaram óleo diesel e sabão em pó, e outras substâncias tóxicas, nos poços d’água construídos pelas famílias, ação criminosa que pode inclusive ter contaminado lençóis freáticos. Os policiais atiraram nos trabalhadores que não obedeceram à ordem de parada e correram para mata, temendo serem executados. Por sorte ninguém ficou ferido, mas muitos camponeses passaram a noite toda na floresta, inclusive mulheres, crianças pequenas e de colo. Ao menos seis adultos e seis crianças foram presos pelos policiais e depois jogados no meio da rua em Porto Velho, sem passar por delegacia alguma, óbvio, pensando que assim não deixariam registros de suas ações ao arrepio da lei, capangas a soldo que são do latifúndio. Tudo no intento de passar a ideia de que podem fazer o que bem entender contra os pobres, intimidar as massas desarmadas, aterrorizá-las até enxotá-las das terras. Mas não podem não, nem fazer o que bem entendem e nem expulsá-las em definitivo das terras porque as massas resistem e se organizam cada dia mais e cada vez com maior consciência de classe e rapidez. Os fatos o estão demonstrando.

Os monopólios e a imprensa lixo de Rondônia não noticiaram nenhum desses crimes, praticando como de costume seu silêncio cúmplice. Isto pra não falar dos chupa-cabras do sensacionalismo policialesco e embrutecedor da alma humana, que ocupam as manhãs e tardes nos mesmos monopólios de imprensa de rádio e televisão, a guisa de audiência obtida do açulamento dos mais baixos instintos, os quais festejaram histericamente a chacina de 3 trabalhadores em sua lida diária. Urge seguir e elevar a campanha de denúncia contra os crimes torpes, ignominiosos do velho Estado genocida guardião do latifúndio, bem como o apoio ativo à luta dos milhares de camponeses das áreas Ademar Ferreira, Tiago dos Santos e 2 Amigos e demais áreas camponesas, por um pedaço de terra para viverem dignamente com suas famílias, dirigidas pela LCP – Liga dos Camponeses Pobres, pela destruição do latifúndio trilhando o caminho da Revolução Agrária.