A manifestação, organizada pela Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, contou com mais de 400 participantes, a maioria camponeses representando todas as áreas do Norte de Minas, além de representantes da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, Liga Operária, Abrapo – Associação Brasileira de Advogados do Povo, Cebraspo – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos, STICCBH – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Belo Horizonte, Escola Popular, CALC – Comitê de Apoio a Luta Camponesa de Montes Claros, Núcleo Pró-Liga Operária de Montes Claros, Movimento Estudantil Popular Revolucionário.
Na concentração, os camponeses se cumprimentavam, tendo a confirmação de que não estavam sós, que era hora de lutar por aqueles que centenas de vezes deram demonstrações que defendem os camponeses e a justa luta pela conquista da terra.
Nas ruas de Manga, os manifestantes distribuíram panfletos e realizaram paradas no Mercado municipal, na Prefeitura, na Delegacia e no Fórum. As intervenções manifestaram a solidariedade dos camponeses, amigos, familiares, apoiadores e simpatizantes.
Em frente a Delegacia, foi lida uma mensagem para Wanderson, que era repetida pelos manifestantes.
Dentro da Delegacia, que se encontrava toda fechada e a entrada protegida por um pequeno efetivo de policiais, silêncio total, os presos ficaram em silêncio, os agentes, desligaram todos os aparelhos que pudessem produzir ruídos e atrapalhar a audição da manifestação. Wanderson e os demais presos vibraram ao ouvir as palavras de apoio.
Após a manifestação, todos os participantes saíram com a tarefa de panfletar a sua área e sua região continuando a denuncia do absurdo que se tornou a prisão de Wanderson e Flávia e foi montada uma comissão formada por representantes da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, do Cebraspo, do Abrapo, da Liga Operária, do CALC, do STICCBH e do advogado com a finalidade de realizar uma visita aos dois camponeses presos.