Manifestação exige a libertação de Wanderson e Flávia

No dia 08 de fevereiro, ocorreu na cidade de Manga no norte de Minas Gerais, uma grande manifestação em solidariedade a Wanderson e Flávia, que continuam presos, apesar de serem réus primários, terem residência fixa, serem conhecidos como trabalhadores e professores do movimento camponês, pois tiveram o pedido de liberdade provisório negado pela juíza de Manga, Maria Beatriz da Costa Biassutti.

A manifestação, organizada pela Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, contou com mais de 400 participantes, a maioria camponeses representando todas as áreas do Norte de Minas, além de representantes da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, Liga Operária, Abrapo – Associação Brasileira de Advogados do Povo, Cebraspo – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos, STICCBH – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Belo Horizonte, Escola Popular, CALC – Comitê de Apoio a Luta Camponesa de Montes Claros, Núcleo Pró-Liga Operária de Montes Claros, Movimento Estudantil Popular Revolucionário.

Na concentração, os camponeses se cumprimentavam, tendo a confirmação de que não estavam sós, que era hora de lutar por aqueles que centenas de vezes deram demonstrações que defendem os camponeses e a justa luta pela conquista da terra.

Na manifestação os camponeses se organizaram em colunas e entoaram hinos e canções de luta. Também gritaram consignas como “Liberdade já, para os nossos companheiros!”, “O povo quer terra e não repressão!”, entre tantas outras.

Nas ruas de Manga, os manifestantes distribuíram panfletos e realizaram paradas no Mercado municipal, na Prefeitura, na Delegacia e no Fórum. As intervenções manifestaram a solidariedade dos camponeses, amigos, familiares, apoiadores e simpatizantes.

Em frente a Delegacia, foi lida uma mensagem para Wanderson, que era repetida pelos manifestantes.

Dentro da Delegacia, que se encontrava toda fechada e a entrada protegida por um pequeno efetivo de policiais, silêncio total, os presos ficaram em silêncio, os agentes, desligaram todos os aparelhos que pudessem produzir ruídos e atrapalhar a audição da manifestação. Wanderson e os demais  presos vibraram ao ouvir as palavras de apoio.

Após a manifestação, todos os participantes saíram com a tarefa de panfletar a sua área e sua região continuando a denuncia do absurdo que se tornou a prisão de Wanderson e Flávia e foi montada uma comissão formada por representantes da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres, do Cebraspo, do Abrapo, da Liga Operária, do CALC, do STICCBH e do advogado com a finalidade de realizar uma visita aos dois camponeses presos.

image_pdfimage_print