No Pará, camponês é assassinado por pistoleiros

No dia 3 de setembro, pistoleiros assassinaram um camponês próximo ao município de Bragança/PA. Segundo lideranças do MST no Pará, o bando armado seria organizado e financiado pelo latifundiário e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB) e seu filho Marcos Bengstson.

A ação dos pistoleiros se iniciou com o seqüestro dos camponeses João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo Soares (o Caribé) que se dirigiam ao município de Santa Luzia (PA). Por volta das 9 horas da manhã, os dois foram obrigados a entrar em um carro no ramal do Pitoró.

No ramal Cacoal foram obrigados a descer. Armados de pistolas e revolveres, os pistoleiros efetuaram diversos disparos na direção dos camponeses. João Batista Galdino conseguiu escapar, correndo para a mata, mas Caribé não teve a mesma sorte.

Segundo informações de Galdino, a polícia foi informada dos fatos, mas se negou a comparecer ao local alegando que “estavam cansados”. Familiares e amigos de Caribé se juntaram e fizeram buscas pelo corpo que foi encontrado já sem vida às 10 horas da manhã do dia seguinte.

Jose Valmeristo Soares, o Caribé, era uma das lideranças do acampamento Quintino Lira (localizado a 40 km de Santa Luzia do Pará). Segundo lideranças do MST no Pará, a três anos que Caribé e outras quatro lideranças do acampamento vinham sofrendo ameaças dos que se dizem donos da fazenda Cambará, o ex-deputado federal Josué Bengstson e seu filho Marcos Bengstson.

Os camponeses já haviam denunciado a diversos órgãos do governo, mas como sempre, continuam se fazendo de surdos.

Os camponeses do acampamento Quintino Lira exigem a punição imediata dos pistoleiros que assassinaram José Valmeristo Soares, assim como os mandantes do crime, e também exigem a desapropriação imediata da fazenda Cambará.

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