Vigoroso encontro do MFP celebra o Dia Internacional da Mulher Proletária!

Ocorreu no último dia 12/03, como parte das celebrações do Dia Internacional da Mulher Proletária, um vigoroso encontro do Movimento Feminino Popular (MFP) – núcleo Sandra Lima – na cidade de Manga, Norte de Minas Gerais. As atividades foram realizadas em memória e honra da grande dirigente e fundadora do MFP Sandra Lima, falecida em julho do ano passado e da companheira Elzita Rodrigues, fundadora do MFP e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) na região, falecida em 2011. O Encontro foi precedido de reuniões preparatórias, ressaltando a importância de conhecer a verdadeira história do 8 de Março, quando celebramos o centenário desta data memorável do proletariado internacional como parte da Grande Revolução Bolchevique de 1917. Muitas companheiras ficaram impressionadas com a falsificação histórica desta data promovida pelo imperialismo e redobraram sua decisão em levar a todas as mulheres do povo a verdade sobre este importante episódio, que é parte da história de luta da nossa classe.

Ainda no dia 08 de Março, ativistas do MFP junto com companheiros da LCP e do Comitê de Apoio ao Movimento Camponês Combativo realizaram uma vibrante brigada de panfletagem pelas ruas do bairro Arvoredo. Com a bandeira do MFP à frente da panfletagem, as companheiras e companheiros, de casa em casa e pelos comércios, apresentavam o panfleto convocando todos a conhecerem a verdadeira história do 8 de Março. Centenas de boletins com o chamado: “Levantar as mulheres do povo para a REVOLUÇÃO!” foram distribuídos, neste bairro onde residem principalmente camponeses pobres sem terra ou com pouca terra, com destacada participação de jovens camponesas. As trabalhadoras e trabalhadores de Manga receberam com grande entusiasmo os panfletos. Mulheres trabalhadoras do comércio, camponesas que retornavam do trabalho em suas roças ou nos latifúndios se identificavam com a agitação e agradeciam a homenagem das ativistas que afirmavam: “o dia 8 de março não é dia de todas as mulheres, mas o dia de nós, mulheres trabalhadoras!”.

Durante o Encontro, as ativistas estudaram e debateram sobre a situação política no Brasil e no mundo, a origem e simbologia do 8 de Março e a origem e causa da opressão feminina. Assim como sobre a necessidade de fortalecer o MFP como uma organização especial imprescindível para potencializar a participação das mulheres do povo na luta popular revolucionária. Para que as companheiras pudessem participar de forma concentrada de todo o encontro, companheiros ativistas do movimento, principalmente da juventude, organizaram diversos jogos e brincadeiras com as crianças presentes enquanto outros ficaram responsáveis pela cozinha e demais tarefas de organização.

Debateu-se sobre como os ataques do gerenciamento Temer/PMDB e sua quadrilha, cumprindo a cartilha do Banco Mundial e FMI ao tentar empurrar goela abaixo do povo as contrarreformas previdenciária e trabalhista, tornarão ainda piores as condições de vida do povo de uma forma geral e de nós mulheres em particular. Além de cumprirmos dupla jornada de trabalho, somos nós as responsáveis pelos cuidados com as crianças, jovens e idosos. Somos nós que enfrentamos de maneira mais violenta, em nosso dia a dia, a situação calamitosa do sistema público de saúde, a falência do ensino público, o massacre de nossos filhos pela polícia assassina de pobres e pretos, a carestia de vida e todos os graves problemas decorrentes do aprofundamento da crise do capitalismo burocrático no país.

O Encontro foi, desde a abertura solene, marcado por um profundo sentimento de internacionalismo proletário, onde todas juntas cantamos o hino do proletariado de todo o mundo, a Internacional. Após uma breve, mas contundente exposição sobre as Guerras Populares no Peru e na Índia foi aprovada a participação ativa de todas as companheiras na campanha em defesa da saúde e da vida do Presidente Gonzalo, chefatura do PCP e da Revolução Peruana, encarcerado desde 1992 nas masmorras do velho Estado peruano e na campanha pela liberdade de todos os presos políticos na Índia, denunciando a recente condenação à prisão perpetua do importante intelectual democrata, Professor GN Saibaba.

Saímos ainda mais decididas em seguir o caminho da luta combativa em defesa de todos os nossos direitos e com a certeza redobrada de que o Brasil precisa é de uma Grande Revolução! Como afirma o nosso panfleto: “Revolução Democrática, que se inicia com a Revolução Agrária para entregar aos camponeses pobres, à classe operária, aos servidores públicos, professores e estudantes, bem como aos pequenos e médios proprietários, tudo o que lhe foi usurpado pelas classes de latifundiários e grandes burgueses serviçais do imperialismo, principalmente ianque”.

Camponeses organizados pela Liga dos Camponeses Pobres exigem a libertação imediata do professor GN Saibaba, condenado criminosamente à prisão perpétua pela reação indiana. Manga, Norte de Minas Gerais, durante encontro do Movimento Feminino Popular (março de 2017).

Viva o Dia Internacional da Mulher Proletária!

Despertar a fúria revolucionária da mulher!

Companheira Sandra Lima: PRESENTE NA LUTA!

Companheira Elzita Rodrigues: PRESENTE NA LUTA!

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