Para isso estão utilizando serviço de pistolagem, colocando homens armados próximos a porteira trancada. O pagamento para essas pessoas que estão fazendo serviço de pistolagem tem como fonte a extorsão de R$ 10,00 mensais de cada pessoa acampada nessa fazenda. Dizemos extorsão porque a maioria das pessoas que vivem nesse acampamento não concorda com essa prática, mas acaba fazendo pagamento a base de ameaças e com medo de ser expulsa caso manifeste discordância.
Devido a estrada estar com o acesso impedido, os camponeses da área revolucionária Zé Bentão tem que dar uma volta de mais de 270 km passando por Vilhena para ter acesso a Chupinguaia. Sendo que se a estrada estivesse liberada a distância até Chupinguaia não passa de 35 km.
Por ironia as lideranças desse mesmo acampamento que tem seguido as orientações da Fetagro, e que agora faz uso de pistolagem para impedir o acesso a estrada, foi quem acusou recentemente a LCP de “manter homens armados nas porteiras ameaçando quem via pela frente”.
Foram feitas tentativas de resolver o problema, mas não foi obtido nenhum resultado. E por isso as famílias da área Zé Bentão avisaram que se até essa semana a estrada não fosse liberada, o acesso a Corumbiara seria então bloqueado às pessoas oriundas da Maranata. Essa medida seria mantida até que toda a estrada seja liberada e todos possam usufruir dela livremente.
Sabemos que muitas pessoas poderão ser prejudicadas com essas medidas, mas foi o único modo encontrado para comover as lideranças ligadas a Fetagro a abandonar a pratica de usar homens armados para impedir o livre acesso a estrada.
CODEVISE – Comitê de Defesa das Vítimas de Santa Elina