Camponeses do Paraná denunciam direção do MST/Governo

Acusadas de atos ilícitos, famílias foram expulsas de seus lotes por milícia com armas de grosso calibre que usaram de muita violência, apropriando-se de pertences e animais, como: gado, porcos e galinhas, que foram abatidos e consumidos pelos mesmos. Esta milícia também foi usada para ameaçar e intimidar outras famílias que questionam o mau uso e o desvio de recursos e não aceitam a ditadura dos chefes do MST, que usam a bandeira e os símbolos do Movimento Sem Terra em beneficio próprio. Os lotes das famílias expulsas, são negociados com amigos, parentes ou pessoas que possam pagar um bom preço aos “chefes”, parecendo grilagem com especulação imobiliária.


Carta Aberta da Associação de Pequenos Agricultores do Assentamento
São Miguel do Iguaçu/PR, 20 de julho 2009

Com certeza vivemos momentos de angústia, causado por pessoas “líderes” que apossaram-­se do assentamento, manipulando convênios e recursos que deveriam ser dos assentados que são mal gastos ou “desviados” em beneficio de um grupo que vive sem produzir, já que lotes de alguns “líderes” e grande parte da área pertencente ao ITEPA [Instituto Técnico de Estudos e Pesquisas da Reforma Agrária – ITEPA], está em capoeira, constatado inclusive pelo INCRA, que nada fez.

COMO COMEÇOU:

Acusadas de atos ilícitos, famílias foram expulsas de seus lotes por milícia com armas de grosso calibre que usaram de muita violência, apropriando-se de pertences e animais, como: gado, porcos e galinhas, que foram abatidos e consumidos pelos mesmos. Esta milícia também foi usada para ameaçar e intimidar outras famílias que questionam o mau uso e o desvio de recursos e não aceitam a ditadura dos chefes do MST, que usam a bandeira e os símbolos do Movimento Sem Terra em beneficio próprio. Os lotes das famílias expulsas, são negociados com amigos, parentes ou pessoas que possam pagar um bom preço aos “chefes”, parecendo grilagem com especulação imobiliária.

DOS CONVÊNIOS:

  • Com a EMBRAPA: galinha caipira e porcos, sem alimento a maioria dos animais morreu de fome. (projeto abandonado).
  • Com a ITAIPU: produção de milho e reprodução de sementes variedades, com acompanhamento de agrônomo e técnico contratado pelo ITEPA. (não saiu do papel).
  • Com IAPAR [Instituto Agronômico do Paraná] e ITAIPU: plantio de 12 mil pés de pupunha, as plantas morreram amontoadas embaixo de árvores. Sem falar de outros convênios com o Ministério do desenvolvimento agrário, Ministério da educação, Governo do estado do Paraná e outros.

Os assentados e o contribuinte querem saber onde foi parar o dinheiro!

A COMUNIDADE:

Logo após a expulsão das famílias, a comunidade do assentamento sofreu uma intervenção comandada pelos chefes que se estabeleceram no assentamento.

  • Varias pessoas foram colocadas para morar no salão da comunidade impedindo o aceso das famílias no local.
  • Porcos e galinhas colocadas na cancha de bocha.
  • A diretoria da comunidade e do clube de mães eleita em votação pela maioria das famílias foi destituída e outra formada com membros indicados pelos chefes.
  • Livros-ata e estatutos de fundação da Comunidade e Clube de Mães foram seqüestrados pelos chefes.

A VOLTA:

No dia 05 de julho de 2009, por volta das 10h30min da manhã, com o apoio de assentados e familiares e de posse de contrato de assentamento expedido pelo INCRA/PR, datado no ano de 2002, reintegração de posse expedido pela justiça Federal/Foz, e laudo fornecido pela Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu e Polícia Federal, dizendo que não foi constatado envolvimento de assentados ou das famílias expulsas com o tráfico, as 06 famílias voltam para o assentamento e reocupam 03 dos 06 lotes dos quais foram expulsas. Hoje já retomaram suas atividades como agricultores, e começam a reconstruir casas e instalações destruídas sob o comando dos chefes que se estabeleceram no local.

O povo do assentamento clama por justiça, liberdade e direito de expressão abafado por ditadores que se escondem atrás da bandeira do MST.

Para lembrar! “Consegue-se unidade quando se respeita opiniões” (AB)

Associação de Pequenos Agricultores do Assentamento

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