No final de abril 400 homens do Exército brasileiro, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Abin, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Ibama iniciaram uma operação de guerra para retirarem as 3 mil famílias da Floresta Nacional Bom Futuro. A operação também quer combater o desmatamento “ilegal” e “roubo” de madeira e retirar 40 mil cabeças de gado em 6 meses.
O ministro Minc mente! Se não vai retirar as famílias de Rio Pardo a força, pra que tanta polícia? Na verdade eles têm medo! Temem que se repita aqui o que ocorreu no município de Tailândia no Pará, onde fiscais do Ibama tiveram que sair correndo da cidade para não serem linchados pela população.
O governo Lula mente! Não vão reassentar as famílias, todos sabem que em Rondônia o Incra não assenta ninguém. Querem obrigar os camponeses a sobreviver em condições miseráveis colhendo castanha ou tecendo cesto de palha, como o PT fez no Acre.
Não querem proteger, querem vender a Flona Bom Futuro, como fizeram com a Flona Jamari no ano passado, vendida para grandes mineradoras e madeireiras estrangeiras explorarem por 60 anos. Esta é a política ambiental criminosa do Ibama: expulsar o povo brasileiro da Amazônia e entregá-la para aos imperialistas, principalmente os Estados Unidos.
O governador Cassol e outros políticos garantiram ao povo de Rio Pardo que nada lhes aconteceria. Mas eles não farão nada pelo povo, estão se lixando pra nós. Estão preocupados mesmo é em ganhar voto e defender seus negócios.
O povo de Rio Pardo, Buritis e região não pode aceitar os abusos e humilhações do Ibama. Somos trabalhadores, não bandidos e criminosos. Tudo o que foi construído pelas famílias em anos de muito trabalho e sacrifício não pode ser destruído do dia pra noite. Só o povo organizado de forma independente poderá mudar a situação! Só a resistência das famílias poderá garantir sua permanência nas terras!
Fora Ibama! Jagunços do imperialismo na Amazônia!
A Amazônia é do povo brasileiro!
O povo quer terra e trabalho, não repressão!
Viva a Revolução Agrária!
LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental