Paulo Justino Pereira, presente na luta!

Paulo Justino
Paulo Justino – 2015

Nos da LCP-Nordeste, no dia 04 de maio recebemos a notícia do falecimento de Paulo Justino Pereira por intermédio de familiares em busca de mais informações. Os companheiros de Rondônia entraram em contato também neste dia, com preocupação de a Liga não conseguir prestar uma justa homenagem a Paulo e oferecer solidariedade aos familiares neste momento difícil. No dia do velório uma pequena comissão de companheiros compareceu prontamente com seus bonés da Liga e a bandeira vermelha em punho.

A nossa comissão, particularmente, ficou muito emocionada ao presenciar o quanto a convicção de Paulo Justino por construir uma nova sociedade contagia a família a ponto de a sua própria mãe identificar na bandeira da Liga um símbolo de luta, luta da qual é o sonho de seu filho. Sonho que continua vivo e pulsante nos nossos corações e nos corações de todos os revolucionários do campo e da cidade, das escolas e universidades, dos chão de fábrica e dos canteiros de obra, das ocupações urbanas, da juventude combatente, dos camponeses pobres, dos cortadores de cana, enfim, do povo brasileiro. Por isso, entendemos quando ela nos disse “dá vontade de ir lá e continuar a luta no lugar dele”.

Companheiros como Renato Nathan, Claudemir Rodriguez, Luiz Lopes, tombaram na luta do processo de desenvolvimento de uma situação favorável para o desencadeamento da luta revolucionária em nosso país, seguindo o caminho que vem sendo traçado pelo povo a dezenas e dezenas de anos, fazendo cada gota de sangue derramada regar de coragem novos revolucionários para a luta. Paulo identificou esse caminho e se dirigiu para onde a luta camponesa é perigosa e necessita de toda a ajuda possível, saindo do Rio de Janeiro para Rondônia deixou filhos e netos para fazer sua vida valer mais que o peso de uma montanha, diferente da vida dos inimigos do povo que pesa menos que uma pena.

Os revolucionários do campo e da cidade continuamos firmes na luta, mesmo com inúmeros meios de comunicação, partidos eleitoreiros até mesmo nas instituições de ensino cacarejam aos quatro cantos do país que vivemos em uma democracia, como também defendem alguns envergonhados que dizem “ditadura nunca mais”, como se calar aqueles que lutam não correspondesse a um regime ditatorial da burguesia e do latifundiário. Nós seguimos convictos que a Revolução Agrária nos aproxima da Nova Democracia capaz de superar todo o atraso social do país: miséria, violência, desemprego, concentração de terra na mãos de poucos etc. O Brasil precisa de uma grande revolução, só assim será possível concretizar nosso sonho de justiça, terra, pão e nova democracia.

COMPANHEIRO PAULO JUSTINO PEREIRA, PRESENTE NA LUTA!
O POVO QUER TERRA NÃO REPRESSÃO!
MORTE AO LATIFÚNDIO! VIVA A REVOLUÇÃO AGRÁRIA!

LIGA DOS CAMPONESES POBRES – NORDESTE

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