Acampamento Monte das Oliveiras resiste a investidas da PM fascista de Confúcio e Ênedy

A polícia militar do gerente estadual Confúcio Moura / PMDB e o comandante geral Ênedy Dias seguem reprimindo os camponeses do Acampamento Monte das Oliveiras, localizado no lote 46, setor 14, no município de Espigão D’Oeste (no leste de Rondônia, na microrregião de Cacoal). No início de dezembro, policiais pararam um camponês vizinho do acampamento, mostraram a nota da LCP “Luta pela terra em Rondônia: mais repressão do velho Estado e mais resistência camponesa” (de 25 de novembro) e reclamaram da denúncia de que a polícia de Espigão é conivente com os crimes de pistolagem do latifúndio. Policiais, na mesma viatura 598 denunciada na nota, disseram: “É um absurdo nos acusarem, pois estamos aqui fazendo segurança para vocês.” E passaram então a fazer acusações absurdas contra nós, dizendo que os camponeses ainda não ganharam as terras por culpa da LCP que “segura” o acampamento para ganhar dois mil reais por mês por cada acampado.

Esses delírios apenas provam como as polícias caluniam, criminalizam e perseguem lideranças e movimentos de luta camponesa combativos. Mas o fato é que a polícia militar faz segurança privada para os latifundiários, reprime e cria um clima de terror nas áreas no entorno de acampamentos. Nas últimas semanas, a PM têm feito blitz arbitrárias nas estradas do entorno do acampamento Monte das Oliveiras, algumas à noite, parando os moradores, exigindo documentos, fotografando-os e chegando a segurar os trabalhadores por mais de uma hora.

As 32 famílias do Acampamento Monte das Oliveiras estão fazendo o Corte Popular da fazenda, em breve distribuirão os lotes entre si e iniciarão a produção. E isso só não ocorreu ainda porque o fazendeiro Sebastião Cardoso da Silva resiste em sair das terras e contrata pistoleiros para atacar as famílias, tudo com a conivência da PM que não incomoda os criminosos, aborda apenas os acampados e camponeses vizinhos.

Como a maioria dos latifúndios na amazônia, as terras do acampamento são da União e tinham sido roubadas por um latifundiário narcotraficante. Anos atrás ele foi preso, a justiça determinou que as terras fossem devolvidas para a União e que o fazendeiro Sebastião Cardoso da Silva, que tinha arrendado o pasto, fosse o fiel depositário da fazenda. O Incra entrou na justiça requerendo as terras para a reforma agrária, mas como serviçal do latifúndio, a “justiça” é rápida para defendê-los e lenta para garantir os direitos dos camponeses.

Só resta aos trabalhadores tomar os latifúndios, fazer o Corte Popular, iniciar a produção, resistir aos despejos e aos ataques dos pistoleiros do latifúndio, fardados ou não. É a Revolução Agrária que avança em todo o país.

Contra a crise, tomar todas as terras do latifúndio!
Todo apoio aos camponeses do Acampamento Monte das Oliveiras!

LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental

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