Mais de 250 entidades democráticas e defensores dos direitos do povo assinam manifesto em defesa do acampamento Manoel Ribeiro e da Liga dos Camponeses Pobres e pela liberdade imediata dos camponeses presos

Em virtude do acirramento da repressão e dos diversos ataques ao movimento camponês no estado de Rondônia o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos – CEBRASPO e a Associação Brasileira dos Advogados do Povo – ABRAPO organizam manifesto já assinado por mais de 250 entidades e personalidades progressistas e democráticas. Entre os signatários estão a Associação de Juízes para a Democracia, a Associação Brasileira de Reforma Agrária, a Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública de Rondônia, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pedro Lobo, a Frente nacional Contra a Privatização da Saúde, Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES, diversas associações de docentes, sindicatos, professores, juristas e artistas democráticos e progressistas como Ennio CandottiRoberto Leher, Vladimir Safatle,Luiz Eduardo Soares, Virgínia Fontes, Eduardo Viveiros de Castro, Dermeval Saviani, José Claudinei Lombardi, Carlos Frederico Mares, Dr. Siro Darlan, Dr. João Tancredo, Peter Pál Pelbart, Carlos Latuff, Armando Babaioff, Soraya Ravenle, Dom Roque Paloschi presidente do Conselho Indigenista Missionário, Padre Júlio Lancellottio renomado professor e democrata indiano Amit Bhattacharyya e diversos intelectuais honestos de todo o país.

Além do repúdio ao cerco policial que ocorria diariamente nas redondezas do acampamento Manoel Ribeiro, o manifesto também exige a liberdade imediata de 4 camponeses presos ilegalmente no último dia 14 de maio pela polícia militar. Esses episódios ocorrem logo após as declarações do genocida Bolsonaro atiçando a repressão contra os camponeses daquela região (https://cebraspo.blogspot.com/2021/05/bolsonaro-atica-ataque-lcp-em-rondonia.html?m=1).

O acampamento Manoel Ribeiro estava localizado na antiga fazenda Santa Elina, mesmas terras onde ocorreu o episódio conhecido como “Massacre de Corumbiara” em 1995. Em comunicado emitido no dia 23 de maio os camponeses informaram que por decisão unanime de sua Assembleia Popular defiram por uma retirada planificada e organizada da área. As 200 famílias realizaram uma façanha: bateram em retirada durante a madrugada sem serem vistos por todo o aparato policial montado em volta do acampamento. Segundo o pronunciamento, eles cumpriram uma “jornada vitoriosa para a Revolução Agrária” e com a retirada os planos de realizar mais massacre contra os camponeses foram frustrados. Ao invadir o acampamento os policiais encontram uma faixa com os dizeres “Voltaremos mais fortes e mais preparados!”.

As assinaturas seguem em aberto, envie um e-mail para cebraspo@gmail.com

Veja as assinaturas atualizadas aqui: https://cebraspo.blogspot.com/2021/05/dezenas-de-entidades-democraticas-e.html

CEBRASPO
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos
www.cebraspo.blogspot.com.br

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