Polícia arromba sede da LCP
Polícia arromba sede da LCP
Gov. Marcos Rocha, sabujo de latifundiários dá carta branca para perseguição à LCP e caçada de seus militantes
Pela segunda vez, em menos de dois meses, a polícia civil invade nossa sede, na cidade de Jaru-Rondônia. Na manhã do dia 2 de junho, foi o mais recente ato criminoso do governador de Rondônia, coronel pm Marcos Rocha e de suas polícias, chefiadas pelo secretário de segurança, também coronel pm, José Hélio Cysneiros Pachá, o carniceiro de Santa Elina.
Como parte da ensandecida campanha de criminalização da LCP – Liga dos Camponeses Pobres, policiais civis da 1ª Delegacia de Jaru arrombaram e invadiram a sede do movimento camponês. Resultado da operação: apreenderam jornais, cartazes e materiais impressos contendo denúncias de assassinatos de companheiros pela pistolagem do latifúndio, da qual fazem parte policiais como o conhecido assassino sargento Moisés, e flagrantes crimes contra o povo, principalmente camponeses, além de cartazes sobre fatos históricos de transformações democráticas e revolucionárias em vários países do mundo.
Nas palavras da imprensa porta-voz do latifúndio: “Durante as buscas foram encontrados alguns documentos e matérias informativos (sic) e de doutrinação”. São considerados materiais perigosos pelo coronel pm Marcos Rocha e o carniceiro de Santa Elina porque denunciam as violações e crimes que estes bandidos cometem continuamente em consórcio com ricos latifundiários ladrões de terra da União e seus bandos armados de pistoleiros.
O mesmo jornaleco diz que “na residência havia moveis e objeto (sic) que indicam a utilização recente do local.” Comentário capcioso que tenta induzir na opinião pública a calúnia de que somos uma organização criminosa. Grande serviço de inteligência! É óbvio que ali havia “utilização recente” imbecis! A sede (não residência) de nossa honrada organização é pública, seu endereço é de conhecimento geral, funciona ordinariamente em horário comercial de 2ª à 6ª feira, e muitas vezes nos fins de semanas, recebendo, organizando, apoiando e defendendo camponeses de Rondônia.
Polícias de Marcos Rocha seguem reprimindo
camponeses em Corumbiara e região
As polícias seguem cometendo graves violações de direitos contra famílias das localidades camponesas vizinhas a área Manoel Ribeiro, em Chupinguaia, na divisa com Corumbiara, cone sul do estado.
Segundo denúncias de advogados populares que estiveram na região, a pm continua cometendo invasões em casas de moradores sem nenhum tipo de mandado, sob a alegação de buscarem supostas armas e acampados; seguem ameaçando os moradores a fim de que estes revelem informações sobre supostas lideranças da LCP e da área Manoel Ribeiro e sobre os advogados populares que os defendem.
Os advogados do povo relatam a existência de violações gritantes dos direitos de moradia, havendo os pms cometido, inclusive, corte de energia elétrica durante essas operações.
Os defensores populares denunciam ainda que familiares de acampados presos políticos durante ação covarde, arbitrária e ilegal da pm do dia 16 de maio, estão sendo ameaçadas e perseguidas por policiais militares em tentativas forçadas de localização de outros camponeses da área Manoel Ribeiro.
O avanço desta sanha persecutória contra a LCP movida por este governador medíocre, pau mandado de Bolsonaro e marionete dos latifundiários, revela os reais objetivos destes algozes do povo: cassar todo e qualquer direito de manifestação e organização populares, na vã tentativa de parar a luta pela terra. Inevitavelmente fracassarão uma vez mais! Temem a força do povo organizado, pois é quem cobrará e caro deles e de todos os latifundiários sanguessugas da nação a verdadeira justiça.
Abaixo a criminalização da luta pela terra! Fim das perseguições, prisões e processos!
Liberdade imediata para os companheiros Ezequiel, Luis Carlos, Estefane e Ricardo!
Abaixo o governo militar genocida de Bolsonaro!
Conquistar a terra, destruir o latifúndio!
Terra para quem nela trabalha! Viva a Revolução Agrária!
LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental
03 de junho de 2021