Todo apoio aos camponeses em luta e a LCP de Rondônia!

Contra os crimes do latifúndio, seus bandos armados e a polícia!

Camponeses da LCP, lideranças combativas, e apoiadores da luta pela terra estão sofrendo sistemáticos ataques do latifúndio, dos seus bandos armados e da polícia. Em Rondônia os latifundiários estão agindo como verdadeiras quadrilhas, organizando bandos paramilitares e contratando pistoleiros a luz do dia. Nesse último período dezenas de camponeses foram assassinados (dentre eles vários coordenadores da LCP), vários outros foram presos e torturados. Esses crimes cometidos impunemente por pistoleiros são encorajados e acobertados principalmente pela polícia militar do comandante Ênedy e do gerente Confúcio Moura (PMDB).

Várias áreas camponesas novas e antigas foram despejadas e várias outras se encontram ameaçadas. Para realizar esses despejos mobilizam verdadeiro aparato de guerra e praticam todo tipo de perseguição, tortura, humilhação e abuso contra o povo.

Além de atacar diretamente os camponeses nas áreas, os latifundiários estão armando e organizando grupos de delinquentes que usam o nome da LCP para ameaçar, atacar e roubar pequenas e médias propriedades de camponeses vizinhos dos acampamentos. Tudo com o claro objetivo de jogar o povo contra a LCP, criminalizar e demonizar ainda mais os camponeses e suas organizações para justificar e intensificar a repressão e matança já em curso.

E claro, os monopólios dessa imprensa mentirosa, fartamente financiadas com verba do governo, porta-voz da polícia e do latifúndio, repercutem as mentiras que seus patrões lhes sopram no ouvido.

Também os pilantras, parlamentares, juízes e politiqueiros de todo tipo que agora brigam entre si afundados na corrupção generalizada (que é parte inseparável desse sistema apodrecido) se unem para atacar e arrochar os camponeses, pequenos comerciantes e demais trabalhadores, retirar os poucos direitos do povo e entregar o Brasil numa bandeja para as potências imperialistas. E no caso de Rondônia se utilizam cada vez mais da repressão para manter os privilégios de uma minoria endinheirada de grandes criadores de gado, grandes plantadores de soja, grandes madeireiros, etc e seus apadrinhados políticos.

Todos esses ataques são para esconder o maior roubo de terras neste século no Brasil, que está em curso com a tentativa de legalizar (através do programa “Terra Legal”) documentos de terras públicas da União griladas por latifundiários. A tramoia é passar as terras da União para o Estado, que as dividiria entre a quadrilha de latifundiários, verdadeiros LADRÕES DE TERRA que controlam também os cartórios, fóruns e quartéis da polícia de Rondônia.

Todos esses ataques tentam frear as lutas dos camponeses, indígenas e quilombolas em todo o Brasil, que travam duras batalhas, se levantando em lutas cada vez mais combativas e massivas. Estes ataques também tentam quebrar a resistência dos trabalhadores e de todo o povo pobre brasileiro, que luta para barrar a contrarreforma da previdência, contra a retirada de direitos trabalhistas, contra todas as medidas anti-povo e vende pátria desta quadrilha de Temer que assalta a nação.

Mas uma vez mais reafirmamos, não nos intimidamos com calúnias, despejos, prisões e assassinatos. Seguiremos firmes na luta pela Revolução Agrária! O sangue não afoga nossa luta, mas a impulsiona e só faz aumentar nosso ódio! O povo saberá no decorrer da sua luta vingar todos seus heróis e cobrará dessa corja de parasitas exploradores, todas as contas de longos anos de abusos.

Seguiremos firmes no caminho de tomar todas as terras do latifúndio, tomando e entregando as terras aos camponeses pobres, iniciando um caminho de transformações onde o povo poderá viver e trabalhar com dignidade, conquistar a verdadeira justiça e todos seus direitos e aspirações.

Conclamamos todo o povo a se somar a essa luta, apoiar decididamente a luta dos camponeses pobres e a repudiar firmemente os ataques do latifúndio, dos seus bandos armados, da polícia e da imprensa mentirosa!

LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental

Fevereiro de 2017

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