Praticamente todos moradores da área participaram, assim como camponeses da área vizinha Fidel Castro 2 e das áreas Canaã e Renato Nathan 2, em Ariquemes, bem como, estudantes e professores de Porto Velho. A celebração iniciou com todos de pé para o canto de “A Internacional”, hino dos trabalhadores no mundo. Depois, compuseram a mesa do evento representantes da FRDDP – Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, MFP – Movimento Feminino Popular, LCP – Liga dos Camponeses Pobes de Rondônia e Amazônia Ocidental, do MEPR – Movimento Estudantil Popular Revolucionário, da Escola Popular, do Comitê de Apoio do Jornal A Nova Democracia e da área Paulo Bento .Foi feito um breve resumo sobre a Revolução de Outubro, ilustrando com imagens organizadas num grande mural. As intervenções dos representantes dos movimentos populares destacaram várias questões importantes para o povo. O representante do MEPR falou da importância da juventude se lançar à luta pela construção de um novo país e um novo mundo. A companheira do MFP lembrou a morte recente da companheira Ludmila, vítima deste velho Estado e seu falido sistema de saúde, e como só com uma verdadeira revolução o povo terá acesso a toda a ciência acumulada pela humanidade. O membro do Comitê de Apoio ao jornal AND destacou que as páginas deste importante órgão da imprensa popular e democrática dedica suas páginas a divulgar as lutas dos trabalhadores, principalmente os operários e camponeses, que constroem e sustentam o mundo nas costas.
Um morador da área Paulo Bento agradeceu a presença de todos. Um camponês do Canaã destacou a necessidade de elevarmos a união entre os trabalhadores e resistência combativa pelo direito à terra. A representante da área Renato Nathan, lembrou o assassinato covarde do companheiro Paulo Bento, do acampamento Fidel Castro 2, cometido por policiais do GOE – Grupamento de Operações Especiais, no último dia 16 de maio. Ela destacou que o latifúndio e o velho Estado cometem todo tipo de atrocidades e crimes contra os camponeses para tentar frear sua luta, mas é em vão, pois o sangue dos trabalhadores só aumenta a revolta. Os camponeses daquela região são exemplo, pois dois dias após a morte do companheiro Paulo Bento tomaram a fazenda Bonanza e iniciaram o acampamento, batizado com seu nome; menos de três meses depois iniciaram o corte popular, entregaram os lotes para famílias que já iniciaram a produção, construção de casas e estradas.
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O companheiro da LCP lembrou que até hoje os burgueses e latifundiários tremem diante das ideias luminosas dos grandes chefes do proletariado, como Lenin, que ensinou que sem os operários unirem com os camponeses em sólida aliança não é possível triunfar a revolução. Conclamou aos presentes a resistirem na defesa de suas posses: “Querer despejar o latifúndio e o velho Estado pode querer, mas conseguir, é outra história!”. E pediu a todos para apoiarem o avanço da Revolução Agrária e seu lema de “Contra a crise, tomar todas as terras do latifúndio!”.
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No ato, tiveram outras atividades, como a exibição do documentário “Terra e Sangue”, sobre Pau D’Arco e uma banquinha com materiais de propaganda da luta revolucionária e democrática. Várias pessoas se envolveram na preparação da celebração: convocação, preparação do almoço e janta, da ornamentação e preparação do mural. Na manhã do dia 9, em Mirante da Serra uma equipe com 15 ativistas entregaram 500 panfletos convidando para a celebração e quase 200 exemplares antigos do jornal AND.
Uma jovem camponesa, ao comentar o que mais gostou da atividade, sintetizou muito bem sua importância: “Se os russos conseguiram triunfar a revolução, nós também conseguiremos aqui no Brasil”. Trilhemos o luminoso Caminho de Outubro! Espalhemos as labaredas da Revolução de Nova Democracia Ininterrupta ao Socialismo!